"(...) Corri então.
Fiquei correndo por horas. Com paradas de guspe, tossidas e quase falecimentos, que o cigarro me causou.
Parei. Senti algo no bolso do meu casaco. Uma garrafa. Uma garrafa com dois dedos de whisky. Tomei tudo num sorvo só. O calor tomou conta de mim. Meu coração disparou. Agora o medo era como o de sempre.
Pouco tempo depois da corrida vi uma luz forte na minha frente, um pouco longe porém. Aos pooucos me aproximei. Não conseguia ver nada do lado de fora. Então que me dei conta. Eu estou morto. Bebi até morrer. Pelo menos morri bem.
Acho que depois que passar por essa luz estou no céu. Eu vim pro céu? Que bom! Quem diria... Será que não se pode beber no céu? Acho que não... Esse foi meu ulimo gole de whisky? Eu não quero morrer!
Fui caminhando para o depois da luz. Não pensando em que eu nunca mais iria ver, mas sim, que nunca mais poderia beber. Era agora, só mais um passo. Fechei os olhos, e fui.
Que merda! Que merda! Esses filmes são todos umas merdas! Era a porra de um esgoto."
fonte: http://www.overmundo.com.br/overblog/luz-no-fim-do-tunel 18/12/2006
[uma luz no fim do túnel]
Série: Morretes
nov. 2006 - Curitiba, Pr - Br
fuji Finepix A310
“ Raul caminha pela rua escura
procurando a sua luz.
E eu, da minha janela, vejo a luz do fim do túnel.”
(Gabriel Moreira)
fonte:http://www.dislexia.org.br/espaco/artes/artes_007.html 18/12/2006
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